Até quando, gente!? Mais um caso revoltante de racismo aconteceu no Rio de Janeiro no último fim de semana. O instrutor de surfe Matheus Ribeiro, um garoto negro, teve que provar que a bicicleta que estava segurando era dele para uma dupla de jovens brancos no Leblon, zona sul da cidade. Eles insistiram na acusação e acabaram recuando quando se deram conta que estavam enganados.
Leia também:
- Filha de Pocah é alvo de racismo após cantora discutir com Juliette no programa
- Influencer é acusada de racismo ao associar cheiro ruim à pele negra
De acordo com Matheus, enquanto esperava a sua namorada em frente ao Shopping Leblon, um homem o abordou o acusando de ter pego a bicicleta de uma mulher. “Você pegou essa bicicleta ali agora, não foi?”, disse ele. Diante da acusação, Matheus teve que mostrar fotos antigas da bike e provar que o item era dele mostrando o cadeado.
“Eu só consegui provar que a bicicleta é minha quando, sem minha autorização, o lindo rapaz pega o cadeado da minha bicicleta e tenta abrir. Frustrado com sua tentativa, ele diz que não me acusou, afinal, o rapaz só estava perguntando”, escreveu ele nas redes sociais.
Em um vídeo divulgado, Matheus mostra o equívoco da dupla de jovens, que vão embora após a situação. “Moral da história: esses filhos da p*** não aguentam nos ver com nada. No mesmo lugar que eles?! Piorou. Eu não era alguém pedindo esmola ou vendendo jujuba… Um preto numa bike elétrica?! No Leblon???!”, desabafou o jovem.
Em entrevista ao jornal O Globo, Matheus revelou que, caso a polícia tivesse flagrado a cena, o desfecho seria pior. “Conversei com amigos do trabalho hoje e eu falei que dei sorte de não ter passado polícia. Para a polícia, até explicar que a bicicleta era do preto no Leblon, poderia ser pior”, disse ele, que chegou a prestar uma ocorrência na delegacia. “O que eu espero é que no mínimo as pessoas que fizeram isso tenham consciência do que estão fazendo. Minha intenção na delegacia não é ganhar cesta básica. Eles aparentavam ser jovens formados nos estudos, e com informações que temos, precisamos estar ligados com isso.”